O último dia

Então você acorda num dia como outro qualquer e descobre que será o seu último dia. Uma notícia que te deixa em choque mas que, ao mesmo tempo, te obriga a reagir de alguma forma. A única certeza é que o minuto que passou não volta mais e que hoje você verá seu último pôr-do-sol.

O que você faz?

Eu quero um dia pra ser feliz. Quero viver plenamente e fazer aquilo que tiver vontade, sem desrespeitar minhas crenças, meus fundamentos, minha essência.

Um dia pra entrar pra história. Quero ver o mar, pisar na areia e sentir a temperatura da água. Tem que ser um dia pra valorizar. Tá quente? Tá frio? Tá chato? Tá cheio? Não importa, que seja um dia sem reclamações.

Um bom almoço, em boa companhia, muitas risadas e coisas pra se alegrar. Lembranças de bons momentos vividos, sem o pesar e as dores passadas. Um dia pra ser vivido e só isso.

Mas acima de tudo, um dia pra agradecer aos amigos, parentes e gente querida que esteve ao nosso lado nas primaveras e invernos da vida. Na fartura e na escassez, na saúde e na doença. Até que a morte, essa que tá chegando, nos separe.

Ah, é claro, tem que ser um dia pra perdoar. Olhar pra trás e perceber que toda essa mágoa guardada durante anos, não levou ninguém a lugar nenhum. Um dia desses tem que servir pra unir, não pra separar.

Esse meu dia, o meu último dia, meus últimos instantes, seriam pra fazer alguém feliz. Não um alguém qualquer, mas uma pessoa especial, que traz um colorido novo à minha vida pelo simples fato de existir. Porque amar tem que ser assim: a gente faz as coisas porque tem vontade, mesmo sem esperar nada em troca no dia seguinte - que não chegará...

(me permito um parênteses pra dizer que SEMPRE vale a pena. Quick-drop? Cansaço? Entender o estresse? Vamos nessa! Ou tudo seria fááááácil demais)

E, mesmo sendo o último, esse dia não seria de despedidas. Seria dia de festejar a vida e de celebrar por tudo que passamos, de bom ou de ruim, porque foram essas experiências que nos tornaram aquilo que somos.

Bem, talvez hoje não seja o nosso último dia, mas bem que podíamos vivê-lo dessa forma, como se fosse o último, sendo felizes, gratos, cheios de amor e boas memórias.

Vivamos!

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